Michael Lowy |
A vitória de Aécio Neves representaria uma
dramática regressão social e política, tanto ao nível interno do país como na
sua política internacional.
Tenho muitas críticas a Dilma. Acho que fez
demasiadas concessões aos bancos, ao agronegócio, ao capital. Por isso dei todo
meu apoio a Luciana Genro no primeiro turno. Mas o Senhor Aécio não fará
"concessões".
Ele é o representante direto dos bancos, do
agronegócio, da oligarquia financeira, das classes dominantes. Ele é o
candidato da Bolsa de Valores, do imperialismo americano, do Clube Militar (os
aposentados da ditadura). Sua vitória representaria uma dramática regressão
social e política, tanto ao nível interno do país como na sua política
internacional.
Tenho muitas críticas a Dilma. Acho que fez
demasiadas concessões aos bancos, ao agronegócio, ao capital. Por isso dei todo
meu apoio a Luciana Genro no primeiro turno. Mas o Senhor Aécio não fará
"concessões". Ele é o representante direto dos bancos, do
agronegócio, da oligarquia financeira, das classes dominantes. Ele é o
candidato da Bolsa de Valores, do imperialismo americano, do Clube Militar (os
aposentados da ditadura). Sua vitória representaria uma dramática regressão social
e política, tanto ao nível interno do país como na sua política internacional.
Na minha opinião, a única forma de evitar este desastre é votar por Dilma.
* * *
7 motivos para o Brasil reeleger Dilma
Li nos últimos dias que a presidente do Brasil
corre o risco de não ser eleita e fiquei chocado com a notícia. Nos últimos 10
anos o governo atual mudou a maneira como o Brasil é visto na Alemanha. Se
antes víamos apenas um país de terceiro mundo, agora nós sabemos que o Brasil é
uma potência econômica.
Para os brasileiros eu diria 7 simples motivos para
reeleger o atual governo.
1. Durante a crise mundial (2008-2013) a
economia brasileira cresceu quase 5 vezes mais que a alemã.
2. A taxa de desemprego na Alemanha duplicou
durante a crise mundial enquanto a brasileira surpreendentemente abaixou. Na
Itália, por exemplo, 12.3% das pessoas estão desempregadas e na Espanha 24.5%.
O atual governo brasileiro protegeu o emprego das pessoas enquanto as nações
europeias protegeram o dinheiro dos bancos.
3. Apesar de a Alemanha ter um bom governo, em
2014 a economia brasileira vai, de novo, crescer mais que a alemã.
4. Durante a crise mundial (2008-2014) o IDH
alemão diminuiu de 0.940 para 0.911. EUA diminuiu de 0.950 para 0.914, o
espanhol de 0.949 para 0.869. Enquanto as maiores economias do mundo sofreram
esses efeitos, Brasil aumentou seu IDH de 0.710 para 0.744. Ainda distante do
primeiro mundo? Sim. Mas no caminho certo de ascensão.
5. A desigualdade social cresceu em todos os
países europeus enquanto diminuiu no Brasil. Continuando no mesmo caminho, em
apenas 10 anos o Brasil alcançará o nível de desigualdade dos EUA.
6. O discurso de Roussef nas Nações Unidas
inspirou o mundo inteiro contra a espionagem dos EUA. Depois disso, nossa
primeira-ministra Merkel e outros líderes nacionais se pronunciaram contra
Obama. Pela primeira vez um país de terceiro mundo teve coragem para enfrentar
o governo estadunidense.
7. O atual governo de Lula e Roussef mudou a
maneira como o Brasil é administrado. Se antes era um país de terceiro mundo
trabalhando para os EUA e o mercado financeiro, hoje trabalha para as pessoas.
A Alemanha tem corrupção. Na Europa temos corrupção
assim como nos EUA e no Brasil e, infelizmente, isso nunca vai mudar, não
importa quem esteja no governo. Mas se há um país que enfrentou a crise mundial
e melhorou a vida das pessoas como nenhum outro no mundo, esse é o Brasil. E
isso deve ser levado em conta.
Kurt Neuer
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Mesmo os pensamentos divergentes serão liberados para publicação, mas é imprescindível que se utilize linguagem adequada, educada e respeitosa, sem ofensas pessoais e/ou institucionais.