terça-feira, 14 de outubro de 2014

Dilma: "Aécio terá de explicar não investimento em saúde, educação e muitas otras cositas más"

Presidente diz que governos tucanos deixaram de aplicar mais de R$ 15 bi de 2010 a 2013.
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Dilma: "O presidente Lula vai participar ativamente da campanha" Ichiro Guerra/14.10..2014/Divulgação
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A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, rebateu o rival Aécio Neves (PSDB) nesta terça-feira (14), que disse que a rival estaria desesperada com o cenário eleitoral do segundo turno na disputa à Presidência.
A petista afirmou que não está assustada nem nervosa e que terá uma discussão à sério nos debates para falar não só do governo federal, mas também das gestões tucanas em Minas Gerais.
Dilma explicou que "não tem vacina contra a realidade" e afirmou que Aécio terá de explicar "por que ele, com choque de gestão e tudo, produziu a segunda dívida maior entre todos os Estados brasileiros".
A petista lembrou que "Minas tem a segunda maior dívida do País" e avisou que Aécio terá de explicar a falta de investimento em áreas como saúde e educação.
— Ele vai ter de explicar por que os governos tucanos fizeram um termo de ajustamento de gestão com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. Não sou eu que digo, está assinado. E esse termo [...] diz respeito a não investimento na área de saúde e educação, em valores significativos. Na saúde, R$ 7,6 bilhões no período 2010-2013 e, na área da educação, R$ 8 bilhões e muitas “otras cositas más”.
Sobre as pesquisas eleitorais, que indicam empate técnico entre Dilma e Aécio, a presidente avisou que não comenta pesquisa, mas avisou que é importante acompanhar porque é um retrato do cenário atual.
— Em relação à pesquisa, acho que é importante, mas ela é uma amostra e como toda amostra, as coisas mudam. [...] Pode ser que você não capte tudo. Só tem uma pesquisa infalível, que é o voto na urna.
Dilma também aproveitou para rebater o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), que disse ontem, em Pernambuco, que a campanha da petista passa por um "momento delicadíssimo".
— Eu não concordo com o ministro Gilberto Carvalho, não acho que vivemos “momento delicadíssimo” nenhum.
Corrupção e apoio de Lula
A presidente avisou que não pretende "fazer carta de intenção nenhuma" sobre seus planos para um eventual novo mandato porque tem palavra: "eu sou presidente da República, e todos que me conhecem sabem que o que eu falo eu luto para cumprir". Dilma também criticou a cultura da corrupção que existe no Brasil.
— No caso específico da corrupção, o Brasil tem que resolver esse problema institucionalmente. Não é possível que nós não investiguemos, julguemos e devemos punir exemplarmente corruptos e corruptores. Porque o processo tem que ser inteirinho: investigar, julgar e punir. [...] Se vocês fizerem um elenco de casos de corrupção, vocês vão ver que o grau de impunidade é extremamente elevado.
Em relação ao engajamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma avisou que ele "não está está ausente".


— Eu vivo falando com ele [Lula] pelo telefone. Não só aqui, ele já fez uma grande plenária muito boa, está fazendo uma série de atividades. Vamos fazer uma série de atividades juntos, podem ficar descansados, mas não fiquem aliviados. O presidente Lula vai participar ativamente da campanha.

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