SOBRE CEBOLA

Circula na internet um e-mail que se refere a uma suposta propriedade da cebola, que teria imunizado algumas pessoas contra a gripe espanhola, em 1919. A informação, entretanto, tem perfil bem característico de falsidade, conforme a publicação no site E-Farsas: O segredo da cebola! Ela é um imã para bactérias? Apesar de exercer algum fascínio nos internautas menos avisados, a notícia desperta a atenção para propriedades benéficas desse vegetal. Veja adiante a matéria sobre o assunto:



Indispensável à boa gastronomia, a cebola ganha recomendações muito além da lista para compor uma boa receita culinária. A olerícola é uma forte aliada no combate a doenças do coração e de alguns tipos de câncer. Por isso mesmo os norte-americanos estão cada vez mais investindo em pesquisas sobre o tema.


"A idéia é obter cultivares que agreguem valor (sabor e propriedades medicinais)", diz o especialista Michael Havey, da Universidade de Wisconsin (Madison). Um dos palestrantes da V Jornada científica de cebola do Mercosul, aberta dia 26 de março, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Clima Temperado-Pelotas), vinculada ao Ministério da Agricultura e Abastecimento, o pesquisador abordou as características relacionadas a melhoria da saúde, sólidos e sabor.

Segundo Havey, a olerícola tem uma substância que impede a formação de plaquetas no sangue, não permitindo bloqueios no sistema cardiovascular. Também contém compostos responsáveis pelo equilíbrio da flora intestinal. O pesquisador relaciona a diminuição do câncer do colo retal (segunda causa de morte naquele país) ao consumo de cebola, em especial crua. A recomendação dele é não consumi-la cozida para evitar a perda dessas substâncias e do sabor.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cada vez mais incentiva o desenvolvimento de pesquisas nas quais seja possível agregar valor. No caso da cebola isso significa um produto com sabor adocicado e compostos com maior atividade antiplaquetária para evitar doenças cardiovasculares, presentes em 23% da população norte-americana. "Buscamos estas características por meio de recursos genômicos (manipulação feita a partir dos gens e não por cruzamento)", informou Havey.

O pesquisador Chris Kik, da Wageningen University (Holanda) abordou também o tema exploração de espécies selvagens para melhoramento de cultivares resistentes a doenças em cebola. A jornada será encerrada dia 27 de março com a apresentação de trabalhos sobre manejo do solo, da água e das plantas, armazenamento e mecanização da cebolicultura.

Assessoria de Comunicação Social da Embrapa
Deva Rodrigues - MTb/RS 5297
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